21.8.17

Paint it, black

Num dia muito querido e especial, no fim de uma semana terrível, sonhei que eu morria.

Estava em alguma estação de metrô, esperando na plataforma de frente para onde estaciona a última porta do último vagão. Algo acontecia que eu devia me abaixar, junto com os usuários que me acompanhavam, para não bater a cabeça em uns ferros que vinham em alta velocidade junto com o trem, como se fosse a brincadeira de "vivo ou morto", a mesma lógica.

Assim como no jogo, a gente às vezes erra e morre onde era para viver, ou vive onde era para morrer. Eu morri.

O ferro furou meu crânio e esmagou meu cérebro, não senti dor. Senti o sangue negro escorrendo dentro da minha cabeça, pintando minha visão de preto de uma maneira muito tranquila, onde eu percebia que estava morrendo e não sentia que ia cair, mas me sentia flutuar, como se apenas a minha consciência pairasse sobre o cenário e o corpo não fosse mais nada.

O início dessa música ilustra o líquido escorrendo e pintando tudo de preto. A letra, ilustra meu mês de agosto. Paint it, black.
I look inside myself and see my heart is black
I see my red door and must have it painted black
Maybe then I'll fade away and not have to face the facts
It's not easy facing up when your whole world is black


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© um velho mundo
Tema base por Maira Gall, editado por Helen Araújo