a paz que me dá. fonte |
Não sei ainda por qual motivo acabo adorando músicas de despedida de casais espontâneos (ou artista mais groupie/caso de viagem), aconteceu com Free bird no último post, e com Stay, também do Floyd, composta por Waters e interpretada pelo querido Rick (talvez eu saiba, só que para dizer demoraria dias). Mas nem é tanto pela letra (que é de uma delicadeza inexplicável), é pelo Rick, é pelo arranjo, é pelo grave do piano.
Quando criança queria ser três coisas, que eu chamava de PPP (não é Projeto Político-Pedagógico nem - deus me livre - Parceria Público-Privada): Professora, Pianista e Pintora. Consegui mais ou menos dar aulas meio sem querer querendo. Tive horror à licenciatura, mas nunca trabalhei, desde meus 16 anos, num local sem crianças. E ainda bem, as amo e as quero ajudar e compreender. Pintora? Bem, já pintei um quadro que se estragou na chuva e adoro desenho, xilogravura, estudar arte e design, mas nada muito profissional; até o fim da década é possível que me aventure no técnico em comunicação visual. Agora pianista, se Deus quiser, um dia. Preciso.
Enquanto não sei nem toco piano, órgão ou contrabaixo, ouço com a maior fé do mundo minhas canções favoritas, bela e sutilmente doloridas. As do Richard Wright, tecladista do Pink Floyd, são meu xodó. O "disco da vaca", mesmo possivelmente rechaçado pela própria banda, é um de meus favoritos dela. Pela Summer '68 e por ela ter me acompanhado o caminho para a faculdade de 2011 a 2013, pelas ruas de Itaquera de manhã cedo. Por ter comprado o disco original na livraria toda serelepe enquanto meus bebês do Museu Escola escolhiam seus livros favoritos e praticamente corriam por entre as estantes de tamanha felicidade. Pelo final psicodélico da adolescência que tive lá por 2011/12. Pelo cover que fui da banda e fui agradecer o tecladista por tê-la tocado (o Renato Moog é massa demais).
Prometo que começo a escrever mais tecnicamente e com história, fontes, sinopses e indicações, afinal, meu propósito de vida é falar sobre música. Deixa só a inspiração parar de aparecer de madrugada. Enquanto isso, conheçam a LuluBelle e se atentem aos graves do piano, eles são muito importantes.
Helenita, não me mate, não sou fã de Pink Floyd. Simpatizo, mas não é aquilo tudo pra mim. Porém, adoro a paixão que cê coloca nos seus textos musicais e realmente acho que deveria haver mais deles!
ResponderExcluirFalando em haver mais, te indiquei pra uma tag: http://miasodre.blogspot.com.br/2017/06/liebster-award.html
Espero que cê a responda ♥
;*
É muito maravilhosos quando a gente cria essa relação tão profunda com a música. Queria ter tido acesso a outros tipos de música quando era adolescente. Acabei criando esse vínculo com umas bandas que - mesmo que eu ainda ouça com certo carinho e nostalgia - não são boas (não são boas mesmo, ue, o que posso fazer?). Ainda não cheguei na fase do Pink Floyd, mas espero um dia chegar lá.
ResponderExcluirE Professora, Pianista e Pintora é a melhor definição que a sigla PPP poderia ter - e infinitamente melhor do que as que você citou kkk.
Ah, também sou INFP, toca aí o/
mudei muito de gosto musical, me estabeleci no final da adolescência e tenho me aberto nos últimos anos, agora ouço de tudo. porém as conexões sãos empre especiais, né?
ExcluirOuço Pink Floyd desde pequena, meus pais eram (são) muito fãs. Lembro qu8e brincava com meu Ken (da Bárbie) e quando ele era rockstar, ou cantava Queen, ou alguma coisa de Pink Floyd, mesmo que na época eu não entendesse que ele sempre "cantaria" menos com essa banda, já que o forte era os instrumentos.
ResponderExcluirEsse post me fez pensar em como coisas pequenas marcam a gente principalmente, quando é a descoberta de alguma coisa que se torna preferida. Me lembrou da primeira vez que escutei a música "Last night I dreamet that somebody loved me" dos Smiths. Eu, assim como você, coloquei o álbum pra escutar muito despretenciosamente, já que o havia comprado por gostar apenas de uma música - a clássica da banda "There is a light". Eu sentei na frente de um monte de álbuns de fotos antigos da família, era um dia de Abril chuvoso perto ali da Semana Santa (nossa, quantos detalhes), eu estava sozinha em casa. A música começou e meu mundo parou, tanto, que me lembro da cena até hoje. Lembro da foto que estava na minha mão e meu sentimento de "gente, como eu vivi até aqui sem escutar essa música antes?", eu tinha uns 14 anos e já achava que a vida era pesada demais, mas havia uma luz que nunca se apagava e, depois daquela música, o sonho de alguém que me amou na noite passada. Obrigada por eme fazer lembrar desta lembrança.
meu deus, Magda, que história mais linda. olha, eu li quando você comentou, mas relendo agora, depois de tanta coisa que aconteceu na minha vida, eu não sei se rio ou se choro. depois te conto, tá?
Excluirsão muitas, muitas coincidências, lembranças, sentimentos, que a música carrega. sem música eu não saberia viver, talvez nem viveria.
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