Do you still remember december's foggy freeze?Existiu um tempo perturbadoramente delicioso e solitário neste blog, entre dez e sete anos atrás, onde meu eu adolescente escrevia coisas que eu completamente não entendo hoje em dia, mas que fazem mais sentido que a vida adulta (se ninguém contou a vocês ainda, ela é uma merda).
Leg hurting bad as he bends to pick a dog-end
O Ian sou eu mesma quando de folga |
Feeling like a dead duck spitting out pieces of his broken luckLembrar de meus eus passados é importante, já que faltam 34 dias para meus 26 anos (façam as contas), e no último ano não fui de modo algum eu mesma, ou, se fui, fui uma eu completamente oposta aos meus eus passados. Novos sentimentos, novas (muitas) dores, novas insistências, submissões (ai, que ódio disso), desesperos, necessidades, descontroles, crises de choro e de ansiedade, enfim. Não tenho sido quem eu costumava ser.
Yesterday's dreamsPara vocês terem uma ideia, em pelo menos dois aniversários meus, estava sentada aqui escrevendo textos intitulados too old to rock and roll, too young to die. Isso quando eu tinha quase 200 postagens de menina, xingando Deus e o Diabo na terra do sol. Vou fazer um post com esse título esse ano? Muito provavelmente. Ou não. A música fala basicamente, mas não só, de roqueiros que não abandonam seu posto jamais, enquanto os amigos "cresceram", casando-se, tendo filhos, comprando e trocando carros conforme a moda, participando de eventos irritantes da sociedade, enfim, moldados por ela. O que um rockstar raiz tem absoluto horror. Antes e depois de conviver com pessoas que se tornaram absolutamente conservadoras, eu tinha horror a isso. Ainda tenho, mas foda-se. Aprendi o foda-se que tanta gente me aconselhou (o conselho "basta tacar o foda-se" ainda é uma merda, não ouçam nem digam - nem leiam, argh). Então foda-se a vida de merda que as pessoas levam, porque a minha vida mesmo está desestabilizada e eu sou prioridade para mim mesma.
Mudo de assunto, gosto de azul: não era para lamúrias que vim aqui. Era para comentar do Jethro Tull, que é uma banda que aprendi a gostar ouvindo uma vinheta da kiss.fm, e os programas apresentados pelo Rodrigo Branco quando ele era um cara legal e não um cara esquisitamente nórdico nas redes sociais.
Então estava lá, aquela música com um quê de medieval setentista, satírica, desesperada, exposta, gritando para mim, totalmente a minha cara. Porque eu sou absolutamente introvertida, só que não, na verdade eu sou o Ian Anderson mulher, sem aquela barba maravilhosa, porém com os mesmos olhos infinitos, querendo dizer, juntamente com o corpo, o que a voz que sai do profundo da garganta não dá conta de dizer. Quem me conhece e não imagina, me dê algo para beber e toque uma playlist com aqualung e war pigs, para ver se eu não fico doida.
When the ice that clings on to your beard was screaming agony
You poor old sod, you see, it's only meSempre apontei o dedo para quem não era corajoso demais, ou para quem tinha personalidade de menos, ditando o que deveriam fazer. Sou autoritária que nem o cão. Mas teve uma professora que uma vez ensinou aquele ditado que pode ser exemplificado com as mãos: enquanto aponto um dedo para alguém, há três apontando para mim. Então eu reclamo daqueles de pouca personalidade e muita covardia, sendo eu mesma uma deles. Como diria Raul "eu que me achava diamante nas mãos de mendigos, pelo medo de não sê-lo" - reflitam.
Ian Scott Anderson |
13. one of your favorite 70's songs (uma de suas músicas favoritas da década de 1970)
Mais posts como esse no desafio 30 day music challenge!
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